SOMBRAS
Meus sentimentos se confundem.
Não sei se há
ódio ou desprezo,
amor ou indiferença.
Vejo em você duas pessoas
diferentes, desiguais:
uma, a que lembro ser
aconchegante e minha,
tão conhecida, tão querida.
A outra, a que sinto ser
indiferente e fria,
totalmente desconhecida.
Olhando para você, não é a você que olho
(não assim, como lhe vi agora
e pareceu-me um vulto anônimo qualquer)...
Olho o que lembro de você,
como se você estivesse ao seu lado.
Não sei qual dos dois será a sombra:
quem eu lembro ser ou quem meus olhos veem.
Não sei se posso dar-me assim, inteira,
e me entregar a essa paixão sem rédeas.
Temo por meus sentimentos:
temo odiar e desprezar minha lembrança
(o você que lembro e que talvez não seja)
e amar a sombra do que você
realmente é...
Meus sentimentos se confundem.
Não sei se há
ódio ou desprezo,
amor ou indiferença.
Vejo em você duas pessoas
diferentes, desiguais:
uma, a que lembro ser
aconchegante e minha,
tão conhecida, tão querida.
A outra, a que sinto ser
indiferente e fria,
totalmente desconhecida.
Olhando para você, não é a você que olho
(não assim, como lhe vi agora
e pareceu-me um vulto anônimo qualquer)...
Olho o que lembro de você,
como se você estivesse ao seu lado.
Não sei qual dos dois será a sombra:
quem eu lembro ser ou quem meus olhos veem.
Não sei se posso dar-me assim, inteira,
e me entregar a essa paixão sem rédeas.
Temo por meus sentimentos:
temo odiar e desprezar minha lembrança
(o você que lembro e que talvez não seja)
e amar a sombra do que você
realmente é...