CAOS


Ponto de partida para alguma coisa
que nem se sabe se vai chegar...
Ir ao encontro de um horizonte desconhecido
sem analisar o porquê...
Sentir a necessidade enorme
de ser alguém para alguém
(não importa quem)
e dividir a soma das desilusões
para criar novas ilusões
que – quem sabe? – solucionarão...
Movimentar o todo de si:
- músculos, nervos... tudo... -
... e não parar para pensar
no que se foi,
ignorando o que se é,
fechando os olhos para o que se poderá ser...
Ir em busca de uma paz
longínqua e inesquecida,
que se esqueceu de ficar...
Não admitir a solidão
por mais benéfica, por mais amiga,
pelo medo de reconhecer
frustrações e culpas
que generalizaram perdas falsas
de algo que jamais se teve...
Levar a vida que leva a gente
mesquinhamente
e sucumbir sob o peso dos pensamentos
que desencadeiam absurdamente
uma série de negativismos e conflitos...
 
 
Precisar falar e ouvir a própria voz
que as vezes soa estranha,
distante e irreal...
... E continuar tentando o nada
que prevalece no tanto das indecisões...
 
 ... É o caos!
Leuri Lyra
Enviado por Leuri Lyra em 16/08/2010
Código do texto: T2441398
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