ESPELHO

Inserir-se em si mesmo em meio ao nada...

Ser nada e ser vento pensar coisa alguma

Ser e não ser e não ter e não ver

E não sentir e não querer e não sonhar

pois o sonho e as coisas de amar são mistérios outros que não humanos

são insondáveis e inconfessáveis

são o que são e o que não são

E o poema, depois de tudo,

segue linha após linha

revelando tudo e nada

sendo e não sendo

reflexo do homem

CAMPISTA CABRAL
Enviado por CAMPISTA CABRAL em 07/08/2010
Código do texto: T2424513
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