ALGEMAS
Onde foi que nós deixamos nossos passos
que caminhavam juntos, lado a lado?...
Onde foi que nós deixamos os pensamentos
que faziam parte de nós mesmos?...
Onde foi que tu paraste e eu segui
sem olhar para trás
e onde me alcançaste e eu parei,
não te seguindo mais?...
Onde foi que nós deixamos as ilusões,
onde foi que os sonhos se desvaneceram?...
Quando foi, como foi, por que foi
que nos escapamos assim, tão de repente?...
Hoje procuro nos teus braços
a vida que um dia não vivi
e encontro distância em teu olhar
e no meu, o medo de me dar...
(Terá sido em vão o nosso reencontro?...)
Tantas coisas que não foram ditas
presas no fundo de nossos corações,
perderam a coragem de se libertar,
acomodaram-se ante tantos desencontros!
E o destino – que ironia – volta a nos unir
no exato momento desse desencanto...
O que tenho eu para te dar
a não ser lembranças de um tempo ido?...
O que me podes dar nesse presente
que não seja pouco para o que preciso?...
..........................................................................
Quando penso em deixar-te, me angustio...
De mim tu não queres separar-te...
E vamos vivendo assim, acorrentados,
presos por uma única algema,
no desespero de quem sempre amou distante,
na ansiedade de quem sempre esperou,
convivendo com as marcas de um passado,
na esperança de encontrarmos nossos rastros
nesse deserto em que a vida se transformou!
Onde foi que nós deixamos nossos passos
que caminhavam juntos, lado a lado?...
Onde foi que nós deixamos os pensamentos
que faziam parte de nós mesmos?...
Onde foi que tu paraste e eu segui
sem olhar para trás
e onde me alcançaste e eu parei,
não te seguindo mais?...
Onde foi que nós deixamos as ilusões,
onde foi que os sonhos se desvaneceram?...
Quando foi, como foi, por que foi
que nos escapamos assim, tão de repente?...
Hoje procuro nos teus braços
a vida que um dia não vivi
e encontro distância em teu olhar
e no meu, o medo de me dar...
(Terá sido em vão o nosso reencontro?...)
Tantas coisas que não foram ditas
presas no fundo de nossos corações,
perderam a coragem de se libertar,
acomodaram-se ante tantos desencontros!
E o destino – que ironia – volta a nos unir
no exato momento desse desencanto...
O que tenho eu para te dar
a não ser lembranças de um tempo ido?...
O que me podes dar nesse presente
que não seja pouco para o que preciso?...
..........................................................................
Quando penso em deixar-te, me angustio...
De mim tu não queres separar-te...
E vamos vivendo assim, acorrentados,
presos por uma única algema,
no desespero de quem sempre amou distante,
na ansiedade de quem sempre esperou,
convivendo com as marcas de um passado,
na esperança de encontrarmos nossos rastros
nesse deserto em que a vida se transformou!