O QUE É QUE HÁ?

O semblante dos teus olhos vívidos,

Trouxe um quê não sei porquê,

De amargor e melancolia

Aos meus olhos que sempre a viam

Com olhar de caxinguelê.

Não percebo em teu sorriso

A singeleza da alegria

Traduzida em espirais

De sedução que se fazia

Entre paredes boreais.

Minha inspiração em eclipse

Suprimindo os meus vocábulos,

Deixa os meus versos no ar...

E suplicante eu pergunto:

O que é que há?

Meu pensar ardente em chamas

Procura-te sem cessar,

Buscando desvendar o elo

Da tristeza fina incrustada

Em teus mistérios de mulher!

O que é que há pepita de poesia?

Não deixemos que procelas

De asperezas do incerto

Desfaça os laços de fita

Do nosso amor sempiterno!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 31/07/2010
Código do texto: T2410277
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