ESCRAVOS DA ESPERANÇA
te preocupas da maldade
dos tiranos, da pujança,
já tão crente da vontade
que 'inda haja esperança
mas porque pensas sentado
se de pé a mente é leve
e o braço estirado
da ação jamais se atreve?
pois tu, ó vil escravo,
da imundice e danação
deste mundo frio e pravo
és, também, a salvação.