O SOL QUEIMA LÁ FORA

O sol queima a erva deixando-a

amarela e dá um toque suave no

rio lá mais em baixo.

Este corre tranquilo e sereno para

a sua foz, que fica depois da curva

de minha janela aberta.

Meu passarinho canta hossanas à

vida, na acolhedora sombrinha

deste lado do prédio.

Nota-se de que está feliz e contente

por morar numa gaiola enorme

que faz as suas delícias.

Dirijo-me à janela para fumar um

cigarro depois de um gole de café

fresquinho.

O sol está realmente abrasador e

até a aragem é de um bafo quente

que nos deixa sem reacção.

Afinal por que resmungar estamos

no verão, logo altura de muito

calor e seca.

Pobres dos agricultores que se vêem

sem água fresca e necessário

às suas culturas.

Isto apesar das barragens que no

entanto não alcançam toda a terra

ressequida por este sol.

Escrevo para me olvidar deste clima

quente e confrangedor

e assim me distrai-o.

Jorge Humberto

25/07/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 25/07/2010
Código do texto: T2398535
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