MÃOS DE FOGO

que as memórias, com o tempo, cessem...

as escrevo evitando tal hora.

mas as palavras também envelhecem

e a boca que sorria me chora

"ponho as mãos no fogo!", eu dizia

brincadeira inocente de criança.

me faz com que confie, hoje em dia,

no fogo eterno da desconfiança . . .

e se perguntam (ou esquecem)

se algum dia (ou agora)

eu em mim confiaria?

há de haver esperança...

Josadarck
Enviado por Josadarck em 11/07/2010
Reeditado em 11/07/2010
Código do texto: T2371322
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