DELÍRIOS DE AMOR
José Ribeiro de Oliveira
Ainda não sei se serei
Quem dormirá no teu peito,
Com quem dividirá o teu leito,
O teu amor, a tua doçura.
O que sei é que te amo,
Com o arbítrio supremo de minha alma.
Não sei nem se tenho abrigo,
Nos teus breves pensamentos,
Porem nas ondas dos ventos
Ouço-te a murmurar.
Talvez desejando ouvir
Palavras vindas te ti
Pedindo-me pra te amar.
Mas te tenho na saudade
Nos meus sonhos, na vontade
E num longo esperar.
Que num grito muito forte
Me seja abundante a sorte
De te ouvir a me chamar
Me dizendo assim: te amo!
E eu só te direi: também!
E te amarei de alma pura
De corpo, e de mente.
Com todo amor que se sente
Com todo afago e ternura.
E te amarei mais que tudo,
Mais que a abelha ama a flor,
Tal qual a própria liberdade
De que o preso é sonhador.