À ESPERA DO TEMPO ou Os Filhos de Chronos.

À ESPERA DO TEMPO ou Os Filhos de Chronos.

Este é o tempo da espera: difuso e confuso.

Do espírito bruto que adeja aos ventos.

Seria senão, o tardar dos momentos,

Ou a infame alforria de um temor recluso?

O presente se esvai sob inquieta suspeita.

Cada hora que passa é uma hora a devir.

No período decurso a sentença espreita:

Outro tempo de espera se impera a seguir.

Pobre ser diminuto, em seu mundo encerrado,

Num capricho absurdo de um lapso erguido.

- Pelo sêmen de Chronos, roga ensandecido

À espera perpétua do tempo negado.