TIPO ASSIM

Texto Literário:

A verosimilhança,

Entre os

Intuitos Estéticos

E

A Polissemia,

Como o uso

De outras linguagens

Poéticas,

De

Símbolos,

Imagens,

Metáforas

Ou

Personificações,

A

Adjectivação Expressiva,

Paralelismos

Ou

Oposições,

Repetições

Ou

Figuras de Estilo,

O que é isso, senão um vazio

Na alma,

Constantemente compenetrada,

Do poeta?

Prosa e Poesia:

Semântica

Ou

Fónico estorvo?

Prosa Poética,

Prosa Versificada –

E acabamos em nada.

Não, não esqueci,

Que a ele nunca me prendi,

Velho sábio,

Intransigente,

O Verso,

Vai com a gente,

Quer ele queira ou não,

Na

Elisão

Da Vogal,

Tónica

Ou

Átona.

Sílaba Métrica?...

E o menino,

Seguindo o seu caminho,

Assim cantarolava:

Três, são as Sílabas,

Que os Versos podem ter,

E

«Uma, duas, quatro sílabas»,

Mas se é à

Redondilha Menor,

Que pedis parecer,

Então

Cinco, é o número,

De Sílabas,

A reter.

E o

Heróico Quebrado?

E a

Redondilha Maior?

Se no primeiro,

O Seis,

Pode ser um quadrado,

O Sete,

Também não faz melhor…

Oito,

Nove,

Dez e

Onze,

Doze…

Ah, saudades, minhas,

Dos Versos Alexandrinos!

Mas tudo isso dito com

Ritmo,

Nos Versos Soltos

Ou

Brancos,

Na Rima

Emparelhada,

Cruzada,

Interpolada,

Encadeada,

Ou não,

Dependendo da noção,

Que a cada um diz respeito:

E já prossigo a eito,

Fixando formas,

Agrupando Versos,

Ditando a

Estrofe,

Ou, quanto muito,

Os meus reversos.

Dístico ou Parelha.

E

A que se assemelha,

Um Terceto,

Dentro

De uma Quadra?

Somar

Quintilha,

Com

Sextilha,

Multiplicando

Oitavas,

Por

Décimas? –

Péssimas contas.

E há pessoas,

Que são umas tontas,

Querem castrar

A poesia,

Só porque lhes dá na real gana,

De parecerem-se

Com o que o fogo emana,

Quando muito

São só «mania».

Mas fixemo-nos no

Soneto,

Na Canção

Ou no mote

Do Vilancete,

Cantiga

Esparsa,

Ou o que disfarça,

A quem usa

A Sextina?

Não nos falte pois

Recursos,

Ao bom Estilo,

De cada um,

Que aqui a chuva,

Traz a uva,

Apresta a ânfora,

Vinho algum,

E é por isso que eu digo:

Todas as coisas,

Têm um lugar comum,

O Nome

Emprestamos-lhes nós:

Alegoria,

Aliteração,

Onomatopeia,

Anáfora,

Animismo e

Antítese

(a da centopeia,

que passa por plebeia,

no púlpito da Messe);

Apóstrofe,

Assíndeto,

Comparação,

Elipse,

Eufemismo e

Gradação,

Hipálage,

Hipérbole,

Imagem ou

A Interrogação,

Sobre a

Ironia

Da Metáfora;

Metonímia,

Oximoro,

Paralelismo

E

Perífrase,

Com

Personificação,

Pleonasmo

Polissíndeto;

Quiasmo,

Sinédoque,

Sinestesia

Sufocada,

P’lo Marasmo.

- No Discurso Directo,

Ou

No Indirecto Discurso,

É que vive,

O

Discurso Indirecto Livre,

Participativo e

Expressivo,

E é bem por isso

Que revivo,

Os

Géneros Literários,

Nas suas Formas (mais) Naturais,

Da Lírica:

O Hino,

A Ode e

A Elegia.

Da Narrativa:

A Epopeia,

O Romance,

O Conto ou

A Novela.

Mas é na sua Forma

Dramática,

Que eu identifico:

Da Comédia,

A

Tragédia,

Da vida,

No Drama,

Como na Farsa,

O Ordinário,

Que por aqui passa.

Jorge Humberto

(08/06/2004)

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 25/05/2010
Código do texto: T2279172
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