HUMILDADE

Ah! amigo meu, aí está você em lágrimas e em tristezas

Quando cada nosso dia é tão simples em cada novo amanhecer,

Quando a síngeleza de todo problema está no ter medo de ser;

Para, fecha os olhos e se afunda no acalanto de cada meu verso

Que por ti, depois do desencanto fútil se faz inutilmente adverso

Mas portanto é o absinto deste destino que não mais meço...

Ah! Amigo meu, porquê esses lamentos e querer se esconder

Quando você é o cumulo de toda existência em movimento,

Porquê querer se afundar nesse cruel momento de debilidade

Donde o mais triste sentimento de quebranto, gera o mundo?

Porquê se deixar vencer por esse padecimento sem rumo

E se afogar nesse poço sem fundo, repleto de dor e desagrade?

Perdidos todos estamos, na tristeza como em toda felicidade,

Nos manifestando através de instantes de indubitável complexidade,

No desânimo da lágrima e na afoiteza que sempre depois nos ganha;

São acontecimentos que nos fazem lembrar que ainda estamos vivos

Nos olhos nos anunciando o pranto da imprescindível e vã saudade

Que nos fazem provar o alimento da nossa própria humildade...

Salomé

Ess. “Acções e Reações” 2010

Salomé
Enviado por Salomé em 17/05/2010
Código do texto: T2262784
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