SOU ASSIM

SOU ASSIM

Eu…

Sou gaivota rasgando o céu,

Livre, solta, endoidecida,

Em busca de um sonho meu,

Duma enorme paixão vivida;

Sou o Rio, espelho d`água,

Correndo sem me cansar,

Esquecendo a dor e a mágoa,

P`ra na foz do amor partilhar;

Sou papoila que se agita,

A bailar ao som do vento,

Amando este pais que grita,

Num poema: uma prece, um lamento;

Sou onda que se agiganta,

Na imensidão do mar,

Quando escuto: amigo canta,

Navego num fado a cantar;

Sou Serra guardando segredos,

Bosque de histórias e contos,

Desprezando mentiras, enredos,

Abraçando o mundo aos poucos;

Sou chama do Sol de verão,

Nuvem escura a desabar,

Um misto de emoção,

Ao partir e ao chegar;

Sou do tempo, intemporal

No espaço, esqueço a morada,

Um viajante imortal,

Uma alma apaixonada.

(Poema com que venci o 1º Prémio do "Concurso de Poesia Aurélio Fernando 2010-V.N.de Famalicão-Portugal").

Luis da Mota Filipe
Enviado por Luis da Mota Filipe em 14/05/2010
Reeditado em 14/05/2010
Código do texto: T2256026
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