Antes de tocar o chão

O que dizem da gente é o que percebem na gente, sendo assim,

Negar é contradizer quem nos ver, e isso não deixam de ser falta de

Consideração e respeito... Eu mesmo não posso dizer-me quem é,

Nem como sou... Apesar de não concordar com tudo que acham de

Mim, sempre respeito o modo como me vêem

Conhecer pessoas ou coisas é conhecer-se mais e mais

Como nada tenho que posso perder em qualquer situação... Eu gosto

De guardar algumas coisas, lembranças, sorrisos, pessoas...

Sorriso são estrelas que nos fazem sentir de dois modos distintos

Buscamos o que não temos, queremos o que nos é impossível... Para

Isso é preciso inventar uma realidade paralela, e aí sermos o que não

Somos e sorrir o que choramos...

É possível saber pelo que comentas se o que dizes é desobrigado a

Qualquer coisa, por isso quis conhecer você, olhar um texto seu...

Quase nunca faço isso, sou um homem que não gosta de sair de

Casa texto de grande admiração e tristeza, mas o que vale é o sentimento expressado. Parabéns poeta por sua sinceridade!

Seu comentário é um poema a maneira de Bocage poeta parnasiano e melancólico quis escrever ao seu modo e quando dizes que o poema é de tristeza revela algum conhecimento sim não existe nenhum soneto alegre de Bocage

Deve ser assim

Isso revela que você tem grande sensibilidade

Aguçada

E profunda

Pessoas assim são mais e mais raras

Mas creio que quem é assim não quer encontrar alguém que assim também o seja

O que me sobra é silêncio

Tenho tantos

De tantas épocas

De tantas cores

De muitas idades

Cada um calado

Silenciado

Alguma coisa que quis dizer

Mas que meu medo

De não ser compreendido

Me fez deixar de querer

...Tudo é poesia

...tudo é poesia...

Sim

Até a falta de poesia, poesia é... Basta pensar, buscá-la...

A falta de poesia... Imagina.

Você fala com quem se despede

Você fala com quem não quer mais falar

Você fala com quem se esquece

Com quem não quer mais andar

E com quem você não conhece

Com quem o tempo não vai de deixar encontrar

Com quem quer encontrar

Ou possa vir a querer algum dia

Com quem nunca mais vai poder deixar de pensar

Não como um pensamento lamina

Mas como uma pluma

Uma bolha de sabão

Um estouro sem som é solidão

Vastidão... O vazio do não...

Isso que escrevo

E terrível

É uma decisão feita entre o desespero e o medo

E lembre-se do comentário

Eu labuto com a verdade

Nunca minto, a não ser agora...

Eu digo me desculpe mal de professor...

Que me despeço de ti

Sem nem mesmo nunca ter conhecido a ti

Mas não queira me conhecer

Conhecer é se comprometer

É minha visão

Não deve sempre crer nas visões dos outros

O bom é o confronto

A concordância é uma planície

Obrigado

Mas sou aquele carvão que risca o chão...

Eu falei de fim

Aqui laminas se arrumam para a festa

E meu caminho não pode ser percorrido

As folhas quanto se soltam das arvores catam seu ultimo canto

Pouca gente é capaz de ouvir

Eu sou uma folha caindo

Mas a árvore é alta, altíssima

E tem o vento

Que sopra para todas as direções

Uma queda pode demorar muito tempo

E folha pode mesmo se desfazer antes de tocar o chão

Tudo é poesia...

Vou deitar-me, dormir...

Prazer.

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 08/05/2010
Código do texto: T2245403
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