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Anônima Obscuridade
No anonimato hediondo e repulsivo,
Espectros negros, errantes de subterfúgios;
Migrantes noturnos da desventura humana
Campeiam imutáveis e recônditos refúgios;
e seus olores malcheirosos do tempo emanam
No anonimato hediondo e repulsivo,
Mortificações resultantes e tumultos profundos...
Das aparições negras enlutam-se no ódio...
Em todas as terras, em todos os mundos...
São as primeiras a subir ao pódio.
No anonimato hediondo e repulsivo,
Códigos e regras a elas/eles não se aplicam
As desgraças da vida, nelas/neles nada implicam...
Até as amarguras profundas delas se ausentam.
No anonimato hediondo e repulsivo,
Almas negras, são dejetos deste (sub)_mundo poluído;
Carcaças e destroços de um tempo destruído;
Resquícios de maldade que na Terra ainda habitam.
Do anonimato hediondo repulsivo,
Permanecem seres do bem como prófugos intermináveis
Darem as faces aos açoites são atitudes louváveis...