Perfume de poesia
Pensei esta tarde enquanto estava deitado
Imóvel e tremente,
Assim que pudesse,
Em escrever nas folhas das arvores
De frente da casa onde moro
Arvores bem copiosas
Em cada folha uma letra
Assim quando o vento as balouçasse
Ventos anunciantes das águas do céu
Choveria primeira à medida que as folhas se soltassem
Uma canção de poesia
Pensei nisso
E fiquei feliz com isso...
Do quarto escuro
De lá todas as cores via
É isso...
Uma chuva muito particular
Águas ventos e folhas zunindo,
Adentrando pela janela
Indo até onde estava eu
Como a ensejar que eu cresse...
Perfumando tudo de poesia
Dedicada:
AAS ARVORES DE FRENTE ONDE MORO,
AINDA NÃO O NOME DELAS,
DOIS QUE SILENCIAM...
AAS FOLHAS CAIIDAS,
AS QUE ESTAO AQUI LOGO EMBAIXO CARCOMIDAS,
SE TRANSFORMANDO EM CHÃO,
AMACIANDO O CHÃO ONDE TODO DIA
PISO LOGO CEDO, DE MANHÃ
E DE NOITINHA AO CHEGAR,
ELAS SAO AS QUE VEJO
ANTES DE SAIR E DEPOIS DE VOLTAR,
E TAMBÉM AAQUELAS QUE O VENTO LEVOU,
AMARELADAS, MEIO INDECISAS QUANTO A COR,
QUE SAIBAM QUE LEVAM
MUITA POESIA,
E AQUI FIZ UMA QUE DELAS,
MAS SÃO PRA ELAS,
NÃO BROTOU...