Sempre pensei

Sempre pensei em viajar para a lua

Percorrer o mais profundo do universo

De onde eu tiraria toda a inspiração

para expor em meus versos, palavras.

Tentando enfim traduzir minha alma e meu corpo

Como em uma receita de bolo

Fazer a mistura perfeita.

Então corri, como uma maratonista

Crente de que lá chegaria

Fui aos quatro cantos do mundo

Percorri o globo em 1 minuto

Mas vi que era apenas uma miniatura.

Recorri ao fundo de meu inconsciente

Procurei por dias em jejum as respostas

Fiz promessas a deuses irreais

Chorei e chorei

Mas de nada adiantou.

Sempre pensei encontrar no outro

a resposta para meus medos

aquele meu lado perfeito

que preencheria a minha felicidade.

Então, mais uma vez,

refiz minha jornada

Fui do Saara ao Alasca

Morri de sede, fome e frio

E não encontrei nada.

Sempre pensei na existência da inocência

Que o mundo tivesse consciência

Da destruição que suas atitudes causariam

Mas os noticiários mostraram, durante dias,

que meu pensamento não passava de utopia

Um sonho de mulher adormecida e fora da realidade.

Já não me sinto como poeta

Sou apenas uma sonhadora

presa em suas verdades.

Enquanto meus pensamentos se esvaíam

A adormecida despertava

e aos poucos morria com fim da humanidade.

Que, com ela, levava o amor, a paz e compaixão

Deixando como resposta a latente individualidade.

Metamorfose
Enviado por Metamorfose em 04/04/2010
Reeditado em 02/06/2024
Código do texto: T2177255
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