EPITÁFIO

Entalho meu nome na pedra branca

escrevo a letras e pó o que lá vou pôr

porque aqui o que vier a ficar gravado

há-de ser para toda a eternidade.

Amei como um louco, sofri como um

desgraçado, mas descobri que até na

desgraça, o pobre dos mais pobres,

ama loucamente a vida e o que ela dá.

E se faço não digo que faço e se dou

não digo que dou que de mim apenas

verão os jardins mais belos mas onde

for eu a sós serei só a erva que medra.

Assim quero que me vejam: aquele

que amou o Homem e a Natureza

acima de tudo e nem nunca precisou

de se ajoelhar perante qualquer anjo.

Jorge Humberto

25/03/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 26/03/2010
Código do texto: T2160394
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