perfeição
é assim um golpe
do olhar,
um efêmero gesto
no vôo,
a lua que se ajeita
em uma janela qualquer e
depois se vai, mas que fica
no luar.

nada existe que seja completo
apenas de si,
e se tem parte de outro
não é seu,
portanto nada é completo,
às vezes intenso, esvaindo volúpia
mas jamais totalizante.

é o equilíbrio e não o ápice,
que chamamos de felicidade.