MEDO DE VIVER
Dá até medo
esse desejo pressentido,
essa nova possibilidade,
de repente, solta no ar. . .
Dá até medo
a indecisão na borda do precipício:
- no salto, a felicidade? -
quem nos irá segurar?
Dá até medo
esse oco no peito,
essa plenitude pressentida
e, quem sabe, escondida
num rolar de dados.
Dá até medo
todos os nossos medos,
todos os nossos erros,
todos os nosso desejos.
Todos os - imaginados - beijos,
todos os - possíveis - jogos.
Dá até medo
esse medo de ter medo.
Essa ausência
de audácia.
Essa vontade
- que nos enlaça -
e não mais passa.
- por JL Semeador -