MEDO DE VIVER

Dá até medo

esse desejo pressentido,

essa nova possibilidade,

de repente, solta no ar. . .

Dá até medo

a indecisão na borda do precipício:

- no salto, a felicidade? -

quem nos irá segurar?

Dá até medo

esse oco no peito,

essa plenitude pressentida

e, quem sabe, escondida

num rolar de dados.

Dá até medo

todos os nossos medos,

todos os nossos erros,

todos os nosso desejos.

Todos os - imaginados - beijos,

todos os - possíveis - jogos.

Dá até medo

esse medo de ter medo.

Essa ausência

de audácia.

Essa vontade

- que nos enlaça -

e não mais passa.

- por JL Semeador -

jlsantos
Enviado por jlsantos em 16/03/2010
Reeditado em 18/03/2010
Código do texto: T2141036