A minha alma é pouca, e ainda assim repleta de tudo.
A quanto irei expandi-la?
Pergunto-me a cada momento, sem perceber que, mesmo neste
breve interlúdio do pensamento, ela já se agigantou.
Sei que dela jamais obterei limites, e não me espanto, mas o
burguês que em mim reside a confronta, e me perco sempre
quando sigo a estreita linha da existência subserviente, almejando
romper com o mundo claro e ordeiro da conveniência.
Minha paixão é desatino, o cancro que alimento com entranhas
próprias, na intensidade conhecida por raros seres.
Não há fatalismo nesta compreensão, tampouco, escolha. É a vida
que se apresenta e na qual embarco, pela simples intenção de
viver.
Presente e só, jamais renuncio a qualquer forma de amor, e
porque tanto já amei e gozei e sofri, já não sonho com o absoluto:
sou completo de tudo o que ainda há por existir.
A quanto irei expandi-la?
Pergunto-me a cada momento, sem perceber que, mesmo neste
breve interlúdio do pensamento, ela já se agigantou.
Sei que dela jamais obterei limites, e não me espanto, mas o
burguês que em mim reside a confronta, e me perco sempre
quando sigo a estreita linha da existência subserviente, almejando
romper com o mundo claro e ordeiro da conveniência.
Minha paixão é desatino, o cancro que alimento com entranhas
próprias, na intensidade conhecida por raros seres.
Não há fatalismo nesta compreensão, tampouco, escolha. É a vida
que se apresenta e na qual embarco, pela simples intenção de
viver.
Presente e só, jamais renuncio a qualquer forma de amor, e
porque tanto já amei e gozei e sofri, já não sonho com o absoluto:
sou completo de tudo o que ainda há por existir.