CHEIO DE SOL

Não vou roubar o ladrão;

Assassinar o assassino;

Enganar o trapaceiro...

Nem vou trair a nação

Por concluir ser destino

De quem venera o dinheiro.

Não me convide a ser sócio

No seu império sem notas,

Pois vem da fome dos meus...

Nem me proponha seu ócio,

As trajetórias ou rotas

Das falsas bênçãos de Deus.

Não quero aqueles cem anos

Do perdão que não perdoo

Que se pratica em seu rol...

Nem tantas perdas e danos;

quero alma rica em vôo;

Meu peito cheio de sol.

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 10/03/2010
Código do texto: T2130966
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