INFINITO...

Intervalo que deu vida,

A flor murcha revivida,

Aflorando o sonho inexistente.

O sol entenebrece,

A lua apenas uma pedra no poente

E nem o fogo aquece...

Tudo escuro, morrem astros,

Veleiros sem norte ou mastros,

O deus do mundo criou o inferno.

Os escombros enterraram toda a alegria.

Nem musas ou Valkirias soprarão poesia,

A morte atrai e tudo deslumbra...

Todo o beijo que a boca queimava,

Todo o amor que ao céu me elevava,

Do tsunami mais tenebroso são espuma.

Nunca mais ouvirei o som de teus passos,

Nem sonharei com o calor de teus braços,

Ou ouvirei a voz que me eleva...

Por tantas vidas encontrar-te sonhei,

Nesta apenas vazio encontrei,

Que Ishtar me salve de outra queda...

Que atravesses espaços sem fim,

Vivas um amor maior do que este que há em mim;

A Via Láctea é pequena perante o que te desejo...

www.rosadesouza.com

Rosa DeSouza
Enviado por Rosa DeSouza em 09/03/2010
Reeditado em 09/03/2010
Código do texto: T2129879
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.