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Rosa DeSouza nasceu em Lisboa, Portugal, naquele bairro de monumentos inigualáveis e pastéis inesquecíveis, Belém. Porém, nem tudo é um mar de rosas.
Naquele tempo a hora mudava à meia noite de sábado para domingo do primeiro fim de semana de abril. Azar, nasceu à meia noite, do dia de Páscoa. Foi registrada no dia 7, mas segundo o médico tinha vindo ao mundo no dia 6. Seu pai ganhou e ninguém acerta as coordenadas para a sua carta astrológica. Talvez o fato de ter um olho verde e outro cor de mel seja a marca desse dia... Mas não foi só isso o que a acolheu neste planeta... e dizem que são as almas que escolhem os pais... A confusão de datas virou também de religiões: pai católico e mãe evangélica que a batizou às escondidas. Resultado, com dois batismos tão antagônicos nem o inferno a iria acolher. Restaria o limbo e essa era a sua única esperança. Porém, o papa Bento XVI, achou-se tão poderoso que aboliu esse lugar onde Rosa tinha esperança de encontrar Sócrates, Moisés, até Abraão para não dizer Einstein e milhões de outras cabeças lúcidas que não precisam de números na frente de nomes. Mas tudo bem, ela encontrará algo muito melhor do que céus ou infernos. A sua consciência será o seu GPS.
Depois de passar sete anos interna em colégio de freiras inglesas dominicanas, e porque seu pai já não estava neste mundo, casou com 16 anos; claro, com um ateu convicto, tinha 28 anos. “Acabou a guerra”, pensou... como estava enganada, foi aí que tudo começou. O refúgio era a poesia, tinha mais de 250 sonetos. Naquele tempo não havia máquinas de fotocópia. Emprestou-os à amiga de uma amiga de outra amiga e nunca mais os viu.
O dia 25 de abril, revolução dos cravos, foi o mais feliz da sua vida, mas os cravos murcham e a universidade fechou. Os professores foram saneados e Rosa foi estudar em França, onde fez literatura. Casou de novo, dessa vez com um muçulmano, diga-se de passagem não era fanático e tinha a cabeça aberta. Era economista do Banco Mundial, por isso Rosa mudou para Washington. Sem isso, os Estados Unidos nem a mais remota escolha teriam sido. Divorciou, mas não por questões religiosas. Entretanto viajou muito e conheceu muita gente de todos os cantos do mundo. Trabalhou para grandes e boas empresas americanas. Escreveu poesia e um romance. O trabalho era muito absorvente. Diretora do pessoal da maior empresa de catering de Washington, tinha 800 pessoas sob a sua alçada.
Em 1988 conheceu Aguinaldo José de Souza Filho, de Santa Catarina. Em cinco dias decidiram casar. Dois meses mais tarde casaram e Rosa foi viver na California, onde estudou contabilidade. Deu todos os quadros que tinha produzido desde que descobrira a pintura. Recomeçou tudo de novo, marido, pintura, trabalho e espiritualidade. As idéias ficaram cada vez mais coerentes e lúcidas. Finalmente acabara a confusão, a guerra e o defasamento com a existência. Seu filho, do primeiro casamento, Rui Fernando, foi viver nos Estados Unidos - uma importante parte da sua vida estava resolvida. Rosa e Aguinaldo viajaram e aprenderam muito. Além de juntos estavam unidos. Afinal o Nirvana não era vizinho do Olimpo, mas sim qualquer lugar na Terra desde que o pensamento seja coerente, inteligente e permeado de amor.
Em Atlanta, Rosa trabalhou 10 anos para a Timken Corporation, fazendo marketing. Foi nessa altura que escreveu Reino Meu e as Aventuras de Jiro. Mudaram para Miramar na Florida onde perderam a sua pequena fortuna. Moral da história, ator, locutor e poeta não devem ser empresários... mas a vida continuou, essa pequena tragédia só os uniu ainda mais. Depois de 16 anos de casados mudaram para Florianópolis. Rosa escreveu e publicou 5 livros em audio e impressos. Em 2009 publicou um romance, Edouard e um livro de poesia, A Beleza da Espera.
Em 2006, Rosa DeSouza publicou o livro Pergunte a seus Sonhos, um livro de parapsicologia, mas foi catalogado como esotérico. No fim de 2007 publicou O Segredo além do Pensamento, um livro de razão prática catalogado como auto-ajuda -- de setembro até abril foi o livro em audio mais vendido. No mesmo ano publicou Testiculos Habet, et Bene Pendentes, que seria um livro de ensaios ou não ficção, foi catalogado como livro de História. Em julho de 2008 foram publicados dois livros para crianças, As Aventuras de Jiro, Flé e Flá e Reino Meu -- um dos livros que Rosa mais prazer teve em escrever. No fim de 2009 será publicado o seu primeiro livro de ficção, A Chave do Grande Mistério. A imensa diversidade da sua obra é uma das suas maiores qualidades, talvez por ser um reflexo da riqueza da sua vida.