Poema do lixo
... E foi assim que me tornei um poema invalido.
Em uma cadeira de rodas, sem adjetivos que me
[aqueçam a alma.
Foi assim que o sol perdeu seu brilho e a lua se
Escondeu por trás das nuvens, restando apenas
Estrelas distantes, (bêbadas e distantes),
Bailando universo a fora, longe do meu alcance.
Poema inexpressivo, sem vida. Nem triste, nem aflito,
Sem adjetivos dignos de lágrima ou pena.
Dá-se o óbito do poema.
Serei perdoado pelos que me amaram,
Que morro sem culpa ou vingança.
Desfalecem as palavras ébrias, me torno em cinzas
Do fogo que fui.
O vento me leva num sussurro,
Levando apenas,
Um poema inexistente.