NA MORADA DO ANJO NO REMANSO DO RIO

BUSQUEI MORADA

NOS ARREPENDIDOS DO RIO

ONDE O VENTO FAZIA A CURVA

EM POR SOBRE AS ÁGUAS,

FAZENDO BANZEIRO NO MEU REMANSO

SEMPRE MATIZADO PELAS CORES

MULTICORES DAS BORBOLETAS,

MORADA SUAVE DAS FADAS

QUIE BRINCAVAM DE CAVALGAR

AS LIBELULAS DE ASAS TRANSLUCIDAS

LÁ,NUMA SOLIDÃO QUASE IMENSA

TROCAVA IDÉIAS COM OS NEGROS D’ÁGUA

OU COM ALGUM BOTO VADIO

QUE ME CONTAVA HISTÓRIAS

DO CAIPORA E DO SACI PERERE

NEM O PAI DO MATO OU O CAIPORA

SE INCOMODAVAM DE FECHAR RODA

ENQUANTO A LUA PRATEAVA AS AREIAS.

UM DIA UMA BRISA VADIA FALOU-ME

QUE UMA DOUTORA DAS FLORES

IA ME BUSCAR PARA CONTAR

MINHAS HISTÓRIAS DA SOLIDÃO,

QUE FICARAM TODAS ESQUECIDAS

NO REMANSO DO RIO, ONDE MORAM

OS MEUS IRMÃOS MENORES.

QUANDO AS FLORES MURCHAREM

E AS DAMAS PARTIREM NAS CAMADAS DO VENTO

VOLTAREI PARA O MEU REMANDO DO RIO

ONDE SUAVES BRISAS ESTÃO ME ESPERANDO.

SSPóvoa
Enviado por SSPóvoa em 15/02/2010
Reeditado em 01/12/2012
Código do texto: T2087608
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