SOMOS O DOURO
eu nasci no Douro
há dias anos séculos atrás
eu nasci com a tristeza do Douro
eu pari a tristeza do Douro
e da melancolia do Douro eu nasci.
eu sou o Douro
este rio é minha alma
o jardim ibérico de intensidade e beleza
do porto conquistador para o conquistado
dos vales amargurados quanto belos
das vinhas do doce e do inebriante
eu sou o Douro que se espalha para o mar
eu sou a alma errante como a água
que viaja enquanto o rio não sai do lugar.
eu nasci no Douro
da tristeza do Douro, e de lá tenho saudade
eu nasci a saudade, e dediquei a saudade
para mim e para o Douro, para o amor
que como o Douro sempre se esvai,
eu nasci no Douro
há dias anos séculos atrás.
eu nasci da tristeza e da beleza, do Douro
da melancolia portuguesa, esta alma do Douro
eu sou o Douro, aguardo minha morte para retornar.
Penetra o Douro
no mar a se perder
nasce a saudade
Concha Rousia
(quem me lê desde o início, sabe que este é um poema que replico. mudei-lhe o título, e se acrescentou como a água da chuva se acrescenta ao rio, o haikai que tornou plural o poema, e a saudade)
eu nasci no Douro
há dias anos séculos atrás
eu nasci com a tristeza do Douro
eu pari a tristeza do Douro
e da melancolia do Douro eu nasci.
eu sou o Douro
este rio é minha alma
o jardim ibérico de intensidade e beleza
do porto conquistador para o conquistado
dos vales amargurados quanto belos
das vinhas do doce e do inebriante
eu sou o Douro que se espalha para o mar
eu sou a alma errante como a água
que viaja enquanto o rio não sai do lugar.
eu nasci no Douro
da tristeza do Douro, e de lá tenho saudade
eu nasci a saudade, e dediquei a saudade
para mim e para o Douro, para o amor
que como o Douro sempre se esvai,
eu nasci no Douro
há dias anos séculos atrás.
eu nasci da tristeza e da beleza, do Douro
da melancolia portuguesa, esta alma do Douro
eu sou o Douro, aguardo minha morte para retornar.
Penetra o Douro
no mar a se perder
nasce a saudade
Concha Rousia
(quem me lê desde o início, sabe que este é um poema que replico. mudei-lhe o título, e se acrescentou como a água da chuva se acrescenta ao rio, o haikai que tornou plural o poema, e a saudade)