hoje estou ávido
desabrido
impoluto
hoje o luto
cobre o templo das ninfas,
estou faminto
lupino
a besta foi á caça
hoje sou o pássaro do horror,
o temível predador
das eras pré glaciais,
hoje terei meu banquete
a carne nua e fria
sobre a mesa de mármore
o corpo de uma bacante
lívido, límpido, suculento
ofertado em partes
olhos, bocas, ouvidos
saboreio
seios, pele, penugens
engulo
costas, bundas e coxas
devoro
aberta ao meio,
é de onde sugo o sumo
que se faz a vida
este beso que le da vida a la mujer que murió ayer,
después de que el disfrute en sus últimos minutos
hoje terei meu banquete
a carne nua e quente
sobre a cama de jasmim
o corpo de uma musa,
primazia conquistada por ela
que se assanha por mim
mente, corpo, emoção
ousa romper o espaço
entre o pensamento e a ação.