SINAIS
Escondido nas têmporas,
um azul que se quer céu infinito
escreve distâncias e solidão.
Desenhada na memória,
a menina sentada na beira do rio
desdiz horizontes e auroras.
Mulher trocando de sonhos
como de pele,
abortando esperanças...
Sabe-se frágil...
Conhece do tempo
o insustentável,
de todo silêncio,
a brevidade angustiante.
É numa segunda visão
que arranca das vísceras
girassóis e crisântemos.
Existe um resto de sol
sustentando a demência...
Frêmito, desfigura o rosto do destino
e celebra o corpo em intenso torpor!