OLHAR NU
Abro as janelas da alcova
que silenciosa observa
faces, palavras, caminhos...
Ensaio devaneios num tubo imaginário
mirante oculto de cruzados destinos
de sonhos depreciados
São tantos os trapos
em corpos passantes
soprados por ventos
Vagam vestidos de atores
na interpretação ingênua
de felicidades efêmeras
Embriagados pela contramão,
desfilam na passarela dessas calçadas,
mutantes e sepultados!