Eu fujo da vida, esta cruel realidade refletida nos
olhares das crianças perdidas,
estes trabalhadores de músculos cansados
e corações vazios,
estes lares desfeitos em cachaça e rotina,
esta melancolia expressa na morte das ilusões.
 
Eu procuro a vida, esta dádiva concedida às pessoas
criativas, estes atores de máscaras escarlates e sorrisos púrpuros, estes amigos conquistados no singelo do ser
e na naturalidade do querer, esta alegria insana proporcionada pela utopia.
 
Eu morro a cada despedida
gozo com toda poesia,
eu caminho para o absoluto
fragmento-me em busca da imortalidade,
eu sobrevivo a mais lancinante dor
sou prisioneiro dos sentimentos,
eu sou livre como os filhos da luz
e tudo o que sou, noutros momentos deixo de ser,
eu sou forma inacabada,
pois quem ama esta sempre em evolução.
 
 
“eu quero acreditar que vocês ainda
vão evoluir para poder amar,
e amar muito mais, para poder evoluir”
Casa Das Máquinas