Minha Terra
No braseiro do ocaso o dia evapora.
Um forno varrido, de boca aberta,
devora a reluzente noite que desperta.
Muriçocas beliscam no passar da hora.
Há um rio lento que desafia o sol,
um fio de água que no limo desliza,
uma vegetação que anseia a brisa,
uma promessa de vida, perene crisol...
Minha alma mora lá,
no remanso da curva do grande rio...
Sempre que fujo do frio.