Eis que se vão, filhos meus,
Expostos não em si, mostram
Meu nu mais íntimo,
Vós que de mim tudo
Carregam, que foram minhas
Dores, meus amores,
Minha melhor intenção,
Ainda que sem a delicadeza
Das flores, apenas ternura
Com textura.
Foram-se paredes afora,
Ignorantes do tempo em que
Faziam-se somente horizontes
Brancos, nos quais me descobri,
Gotejando, tinta a tinta,
Emoções a pensamentos,
Frenesi lento, sem lamúria
Com textura.
Se os perdi, me achei,
Em criticas consoantes,
Em abstratos gritantes.
Tudo o que vivi, dei a olhos
Que pouco vi, a mãos que nunca
Tremeram com meus medos,
A bocas que jamais calaram meus
Gemidos, pois já não tenho censura
Sendo toda contextura.
Expostos não em si, mostram
Meu nu mais íntimo,
Vós que de mim tudo
Carregam, que foram minhas
Dores, meus amores,
Minha melhor intenção,
Ainda que sem a delicadeza
Das flores, apenas ternura
Com textura.
Foram-se paredes afora,
Ignorantes do tempo em que
Faziam-se somente horizontes
Brancos, nos quais me descobri,
Gotejando, tinta a tinta,
Emoções a pensamentos,
Frenesi lento, sem lamúria
Com textura.
Se os perdi, me achei,
Em criticas consoantes,
Em abstratos gritantes.
Tudo o que vivi, dei a olhos
Que pouco vi, a mãos que nunca
Tremeram com meus medos,
A bocas que jamais calaram meus
Gemidos, pois já não tenho censura
Sendo toda contextura.