POESIA ÁVIDA
POESIA ÁVIDA
Eu faço poesia ávida
A vida assim me ensinou
De pouco sei quase nada.
E nada é suficiente
quando tudo é preciso
O alvo é certo
A flecha é torta
Nossa missão acertar
- Não sossego!
Minha dor não é irmã da resignação
Sigo.
Há muitas pedras no caminho...
tropeço.
Ao som do trovão esbravejo!
Minha dor é meia-irmã da indignação
Em vão tudo parece, às vezes e sempre
Choro, suplico, peço, confesso
Minha alma se revira do avesso
Meu suor é irmão menor da solidão
Meu caminhar intenso e canhestro
Meus pensamentos a poucos empresto
Vivo a resgatar o meu sôfrego verso
Dignidade, dor e dúvida em meu gesto.
10 e 11 de dezembro de 2009