SELVAS DE GRANITO

Um áureo sol esplandece

Nas selvas de granito:

Abraça os corpos traunsentes,

Apressados, em busca do nada!

Cada qual com seus motivos,

Seguem na angustura a jornada:

Cercados por tanta gente

De solidão represada!

Os magistrais edifícios

E edificações colossais

Permeam as frias calçadas,

De pisares, desgastadas...

Ao final do entardecer,

Já mais brandos os agitos,

Um sol diáfano flutua

Como uma brisa suave

Num lago níveo, sereno...

E os calçadões coloridos

Ostentando um cálido enternecer,

Despedem-se dos alaridos

Sob o véu que cobre a Terra

Na prece do anoitecer!

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 12/12/2009
Reeditado em 03/08/2010
Código do texto: T1973987
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