SELVAS DE GRANITO
Um áureo sol esplandece
Nas selvas de granito:
Abraça os corpos traunsentes,
Apressados, em busca do nada!
Cada qual com seus motivos,
Seguem na angustura a jornada:
Cercados por tanta gente
De solidão represada!
Os magistrais edifícios
E edificações colossais
Permeam as frias calçadas,
De pisares, desgastadas...
Ao final do entardecer,
Já mais brandos os agitos,
Um sol diáfano flutua
Como uma brisa suave
Num lago níveo, sereno...
E os calçadões coloridos
Ostentando um cálido enternecer,
Despedem-se dos alaridos
Sob o véu que cobre a Terra
Na prece do anoitecer!