MEMÓRIA E TEMPO

A poesia amarga

amarga a vida

confuso rosto

trato a trato

Tempo e memória

A poesia sangra

sangra a vida

imagem turva

lado a lado

memória e tempo

E, na dispersão das horas

está o poeta

entre mil palavras

boquiaberto

entre mil desejos

não sabe ao certo

entre mil amores

e se ficar quieto?

Deixará passar

palavras, desejos e amores

e não restará mais que o tempo

e a memória

CAMPISTA CABRAL
Enviado por CAMPISTA CABRAL em 09/12/2009
Código do texto: T1968800
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