EU, QUERO MORRER NO MEU PAGO
Eu, quero morrer no meu Pago
Lá na curva do rio
Ausente vazio
De tanta saúdade
Meu corpo inérte
Na sombra da palma
Sem ódio sem alma
Ou, infelicidade
Eu, quero morrer no meu Pago
No maio das flôres
Ausente das dores
Distante daqui
No meu Sul que é grande
No chão daquela terra
Lá...na curva da serra
Onde sempre vivi
Eu, quero morrer no meu Pago
E morrerei de saúdade
Enterrem este corpo
Que na vida foi louco
Por pedir liberdade!!
Liberdade! liberdade! liberdade !
Obs : poema premiado como primeiro lugar, concurso
idealizado pelo Banco Do Brasil da Cidade de
Campos de Goytacazes ( RJ) ANO-1980 -Evento
realizado no clube Democráta(Saõ João da Barrra)
( confeço aos senhores( as ) que foi uma das
maiores emoções da minha vida. Nesta época,
o País vivia climáx da ditadura . E falar em
liberdade era uma grande Bandeira . Recitei
este poema com grande emoção, que nem o tempo
apagará , pois foi um momento marcante por
LIBERDADE ! LIBERDADE ! LIBERDADE !
Pessoas que julgaram este concurso:
Carlos Scliar ( artista plástico )
Zezé Motta ( cantora)
Walmir Ayala Rodrigues ( critico literário )
Vitorino Carrilo ( poeta e critico literário)
Antônio Calmão ( professôr e colunista )