ABANDONADOS
Na tentativa humana de civilizar
A bárbara condição desumana
No triste olhar vazio sem esperança
Olhos perdidos no tempo e no espaço
Na falta de destino certo
Pernas cansadas caminhando sem chegar
Da selvagem frieza da condição humana
Pele e boca ressecadas pelo calor
A fome, fiel e ingrata companheira,
O leva ao mais profundo submundo
Reflexo de todo abandono
Vidas sem nenhum abono.
Novembro de 2009