SOLSTÍCIO
Na farândola da tarde, embora
Cantem e dancem canções flébeis;
Confinados ao tempo de outrora,
Seres urdem em luzes débeis
Retornar, vagar mundo afora
Reviver tempos de antanho
De Titânia, rainha e senhora.
Mas no horizonte feérico
O Sol ferido e minguante
Dardeja seu olhar colérico
Ao fenecer, nesse instante
Resta ao Povo, o suplício
De aguardar em mundo estranho
A farândola de um novo solstício.