À meia-luz
Um aconchego,
Um afago,
Um cafuné . . .
Carícias em minha libido . . .
Deixo-me levar – viajo – por essa onda
De felicidade íntima . . .
Colchão de almofadas,
Roupas espalhadas pelo chão,
Penumbra que vem do abaju lilás,
Vodka, blues . . .
Mentiras de amor,
À meia-voz,
Quase sussurradas
Como brisa a ninar as folhas de uma palmeira . . .
Meu desejo acende-se,
Galopa, desenfreado, pelos prados . . .
Te despes provocante . . .
Te insinuas . . . Nua . . .
Teu corpo, tua genitália arrebatam-me,
Perco-me por essa imensidão sem esteio,
Naufrago num oceano de imagens sacanas . . .
Oliveira