HAVIA GENTE NO MEIO DO CAMINHO

Foram muitos os olhos que um dia julgaram

que a miséria visível seria mais forte,

minha sorte macabra já tinha o carimbo

de quem morre abraçado à certeza do fim...

As visões, os agouros, as más profecias,

os Messias nefastos, institucionais

ou de rua, de cais, de birosca e de casa

amputavam as asas; vetavam meus voos...

Mas olhei outros olhos; de amor e de apoio;

dos que sabem que o joio pode virar trigo

ao achar solo amigo, sincero e propenso...

Encontrei outras vozes, de alerta e verdade,

braços fortes de abraços, de mãos erguedoras

que ajudaram meus pés a recompor os passos...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 28/10/2009
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