IMAGINÁRIO
Converso comigo mesma,
Sorrio comigo mesma,
Choro comigo mesma,
Debato sem chegar
Ao entendimento de mim mesma.
Meu inconsciente
É consciente
Que não é ciente de nada.
Não me concentro.
Não me conheço.
Observo tudo,
Mas tenho falha perceptiva.
Lembro o que não importa lembrar
Esqueço o que devo gravar
Para usar a favor de mim mesma,
Mas quem sou eu?
Sou ele
Ou sou eu mesma?
Imaginário que persegue.
Sinto-me refém
De uma mentecapta realidade
Que não é real,
Que não é tolerada,
Que não é entendida,
E nem deveria ser,
Porque só existe em meu pensamento.
Ah, que tormento!
Não sei se acredito
Em tal ilusório.
Sinto sensações involuntárias
Comandadas por esse “eu”
Que não sou eu “mesma”.
Paciência!!!
A razão é segurança,
Mas o absurdo
É o espanto do incerto,
Do inseguro da minha mente-humana.
(Colibri Lunar)