No fremir de minh´alma
Nos extremos do caminho doloroso
Dois vértices do brutal destino,
Se fazem mais do que amoroso,
Ou se torna um triste desatino.
Tenho-a visto de faces luminosa,
De estonteante e pura beleza,
No fremir de minh´alma teimosa,
Chora meu coração, submisso pela tristeza.
Palpita uma estrela que brilha ao luar
No resplendor da noite que esta chegando
Palpita um coração desenganado
Que bate triste, dolorido, quase parando.
Teimo um olhar distante e solitário
No longínquo horizonte avermelhado,
Mas só vejo o pesado lenho encruzilhado,
Elevado; sobre o cimo frio do meu calvário.
O vento arfando os meus pensamentos
Cortava como laminas frias e hostis,
A minh´alma que ainda fremia teimosa,
Regurgitava as dores de um coração infeliz.