ESCURIDÃO

Flutuou em vão nesta morimbunda escuridão

Donde o dissabor se faz insistente deslumbre,

Me machucando com sua vagabunda lentidão

Como se eu fosse apenas e meramente a dor;

A balança do tempo me observa me espiando,

Imóvel, serena, esperando a carícia do vento

Que não tera tréguas para o ultimo julgamento,

Sua presença urgente nesta vã ultima ausência;

Uma ultima lágrima no vazio da silente eternidade

Antes do corpo falecer e a alma seguir seu norte,

Longe da triste saudade por esta vida destemida

Que neste dia, viu-se desaparecer na fria morte.

Salomé

Salomé
Enviado por Salomé em 23/09/2009
Reeditado em 23/09/2009
Código do texto: T1826602
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