Escorpião
Escorpião
Escorpião,
Escreveu palavras em minha mão,
Sua letra me dizia, sussurrava, paixão,
Escreveu em caneta vermelha, cor do coração.
Sonhava em heróis amados,
Enquanto assistia o sereno descarado,
De uma noite feita de amores mal-amados.
Escorpião, meu doce escorpião,
Deixa em minha mão sua picada de paixão,
Me fazia acreditar em amores de solidão.
Leio agora suas poesias,
Entro bem fundo em suas fantasias,
Me mostra que a vida não é só feita de alegria.
Tua letra no meu punho,
Leio sem desejo,
Mas quando percebo,
Já estou te dando um beijo.
Trabalho a noite toda,
Nesse ócio que me coloca na nova moda,
Nova moda essa que meu escorpião acha boba.
Sinto teu veneno,
Correndo em meu coração,
Corre como o vento,
Que me faz ler paixão.
Escorpião, meu venenoso escorpião,
Faz-se escritor de desejos,
Mas seus devaneios,
Se tornam meus pesadelos,
Me fazem pensar em ter medo,
Mas o medo só me leva de volta para o desejo.
Tuas linhas nos meus dedos,
Só me fazem sonhar mais alto,
Fico acreditando,
Que em tua letra não se faz confusão,
A não ser nos meandros dessa paixão.
Será que você pensa,
Que nessa rotina intensa,
Não é só você que tem pena?
Escorpião, meu adorável escorpião,
Transforma minhas palavras em tua escrita,
Faz da minha idéia,
Uma idéia decisiva.
Me acorda e me faz gemer,
Com teu veneno,
Que me faz sofrer.
Mas só não se esqueça do meu coração,
Meu amado escorpião.