A virada de ano de 2006
A vida é um quarto crescente
Que mingua à toa
A lua nova trouxe
Uma notícia boa:
Morrerei, antes dela cheia.
A vida tem sido minguante
Fez-me viajante
Em plena lagoa
Sem um barco, um leme
E, sem a proa.
Nadar, não sei
E, o outro lado
Está tão distante...
E, quão perto o fundo
Deste imenso poço!...
Agora ouço
Palavras sem nexo
Do tipo: reflexão,
Prudência e algo assim.
Aqui neste confim
Do mundo, sigo imaginando
Que morrer é bem melhor
No seco!... Aqui, nesta lagoa,
Um pensamento voa
Tão distante o quanto,
De mim, dista
Qualquer pessoa.
A vida se, for isto,
Que seja quando, plena
Se fizer a lua!...
E em meio à rua
No maior silêncio
Duma manhã bem lenta...
Daquelas, em que, os passos
Solitários ecoam
Como gritos dos moribundos,
retidos nas gargantas.
A vida é um quarto crescente
Que mingua à toa
A lua nova trouxe
Uma notícia boa:
Morrerei, antes dela cheia.
A vida tem sido minguante
Fez-me viajante
Em plena lagoa
Sem um barco, um leme
E, sem a proa.
Nadar, não sei
E, o outro lado
Está tão distante...
E, quão perto o fundo
Deste imenso poço!...
Agora ouço
Palavras sem nexo
Do tipo: reflexão,
Prudência e algo assim.
Aqui neste confim
Do mundo, sigo imaginando
Que morrer é bem melhor
No seco!... Aqui, nesta lagoa,
Um pensamento voa
Tão distante o quanto,
De mim, dista
Qualquer pessoa.
A vida se, for isto,
Que seja quando, plena
Se fizer a lua!...
E em meio à rua
No maior silêncio
Duma manhã bem lenta...
Daquelas, em que, os passos
Solitários ecoam
Como gritos dos moribundos,
retidos nas gargantas.