HIGIENE

Desliguei a sirene, calei os sentidos;

Minha caça de amor se rendeu ao vazio,

Meu silêncio gritou que se faz necessário

Que a mordaça em meu cio continue assim...

Algemei qualquer laivo de alguma paixão,

Pra que o chão nunca mais se desmanche aos meus pés

E ninguém me derrube do senso restante;

Minha estante acomode uma história real...

És um sótão perdido na minha razão,

Um terreno baldio deixado pra lá,

A ração derramada em caminhos de lama...

Nunca mais turvarás o que tenho de bom,

Pois o quanto senti saberei a quem dar;

Fiz a minha higiene, limpei-me de ti...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 09/09/2009
Reeditado em 10/09/2009
Código do texto: T1801565
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