CANTIGA PARA A DAMA QUE VOLTOU PARA CASA
CANTIGA PARA A DAMA
QUE VOLTOU PARA CASA
“...saudades que a via trará.
Do silencioso morto,
Perpétua recordação.
A morte não termina nunca!”
Prefiro que seja uma dália,
rubra como os seus cabelos
porém suave como um sorriso de criança.
matizarei de amarelo o caminho
por onde passa com seus passos de nuvem,
serão das acácias as flores
solenes, efêmeras qual sopro
de brisa suave e brincalhona
De onde vem, senhora donzela,
com mãos traçando no nada doces
Figuras meigas e musicais,
corpo cinzelando altares desta eternidade;
que é inútil como uma brisa
que caminha para lugar nenhum?
Dirá, então: fui sonho,
Nada mais!