CANTIGA ETERNA DO MENINO CORRENDO ATRÁS DO ARCO IRIS
CANTIGA ETERNA DO MENINO
CORRENDO ATRÁS DO ARCO IRIS
(..."uma vez de montaria..."
do cancioneiro popular
acreano-fragmentos)
NÃO ERA MAIS O MENINO
PRENDENDO UM RAIO DE SOL
NEM CORRIA ATRÁS DO ARCO IRIS
ERA UM AVÁ, NA SUA MONTARIA
SINGRANDO O RIO DAS ILUSÕES.
"UMA VEZ DE MONTARIA,
SUBINDO O PARANÁ
O CABOCLO QUE REMAVA
NÃO PARA DE FALAR
AI, AI!ELE NÃO PARAVA DE FALAR
AI, AI, QUE CABOCLO FALADÔ.
FALOU-ME DA BOIUNA
E TAMBÉM DO BOI-TATÁ
FALOU DO JURUPARI
QUE SE RIA PRO LUAR!
SERIA EU O CABOCLO FALADOR
QUE NÃO CORRIA MAIS
ATRÁS DO ARCO-IRIS
NEM ACREDITAVA NA CANTIGA
DO SEU BEM QUERER?
'Sonhava em apresar um raio de sol,
que refletia nos cabelos de minha Dama,
numa caixa de fósforos. Era q’nem um menino
correndo atrás do arco iris.
ORA DEIXA ELE P'RÁ LÁ;
DO PAYAGUÁ, A DAMA DOS CABELOS NEGROS
DO PIRATINI, AS DE DOIRADOS CABELOS
DA IBÉRICA LANÇA, DAMAS ACOBREADAS
TAMARAS MOREMAS DAS TENDAS DO SAARA.
ISREL, ISRAEL! AI DE TI
QUE MATA OS TEUS PROFETAS
AI DE TI, DAMA DE SIÃO
MAIS CHEIROSA QUE O CEDRO DO LÍBANO
DE CUJO SEIO MANA LEITE E MEL.
UMA VEZ DE MONTARIA
DESCENDO O ARAGUAIA
UM CARAJA QUE REMAVA
NÃO PARAVA DE FALAR:
CADE VOSMECÊ, DIADOMÃN AUIRA!
ELE JÁ FOI S'IMBORA
PRO ARCO IRIS DELE.