CANTIGA ETERNA DO MENINO CORRENDO ATRÁS DO ARCO IRIS

CANTIGA ETERNA DO MENINO

CORRENDO ATRÁS DO ARCO IRIS

(..."uma vez de montaria..."

do cancioneiro popular

acreano-fragmentos)

NÃO ERA MAIS O MENINO

PRENDENDO UM RAIO DE SOL

NEM CORRIA ATRÁS DO ARCO IRIS

ERA UM AVÁ, NA SUA MONTARIA

SINGRANDO O RIO DAS ILUSÕES.

"UMA VEZ DE MONTARIA,

SUBINDO O PARANÁ

O CABOCLO QUE REMAVA

NÃO PARA DE FALAR

AI, AI!ELE NÃO PARAVA DE FALAR

AI, AI, QUE CABOCLO FALADÔ.

FALOU-ME DA BOIUNA

E TAMBÉM DO BOI-TATÁ

FALOU DO JURUPARI

QUE SE RIA PRO LUAR!

SERIA EU O CABOCLO FALADOR

QUE NÃO CORRIA MAIS

ATRÁS DO ARCO-IRIS

NEM ACREDITAVA NA CANTIGA

DO SEU BEM QUERER?

'Sonhava em apresar um raio de sol,

que refletia nos cabelos de minha Dama,

numa caixa de fósforos. Era q’nem um menino

correndo atrás do arco iris.

ORA DEIXA ELE P'RÁ LÁ;

DO PAYAGUÁ, A DAMA DOS CABELOS NEGROS

DO PIRATINI, AS DE DOIRADOS CABELOS

DA IBÉRICA LANÇA, DAMAS ACOBREADAS

TAMARAS MOREMAS DAS TENDAS DO SAARA.

ISREL, ISRAEL! AI DE TI

QUE MATA OS TEUS PROFETAS

AI DE TI, DAMA DE SIÃO

MAIS CHEIROSA QUE O CEDRO DO LÍBANO

DE CUJO SEIO MANA LEITE E MEL.

UMA VEZ DE MONTARIA

DESCENDO O ARAGUAIA

UM CARAJA QUE REMAVA

NÃO PARAVA DE FALAR:

CADE VOSMECÊ, DIADOMÃN AUIRA!

ELE JÁ FOI S'IMBORA

PRO ARCO IRIS DELE.

SSPóvoa
Enviado por SSPóvoa em 17/08/2009
Reeditado em 01/12/2012
Código do texto: T1758832
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.