MÁSCARAS

Nós, sem as máscaras, estamos nus.

É de fragilidade e medo essa nudez.

Então vistamos logo nossas roupas

esterilizadas de encanto.

Desfilemos com elas pelas ruas estéreis.

Nosso sonho não mais poderá nos fazer mal.

Só nos é permitida a dor conhecida.

Só está ao nosso alcance a dor antiga,

agora reformulada.

Pintada sobre sorrisos ocres.

Quem cometeria a suprema estupidez

de acreditar ter a força para entender

a substância da agonia das poesias incompletas?

Quem, além de mim?

Sou quixotesco.

Os moinhos de ventos

são verdadeiramente gigantes.

Leilton Lima
Enviado por Leilton Lima em 21/07/2009
Código do texto: T1712406
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